terça-feira, 29 de novembro de 2016

O poder das castanhas


Por Letícia Oliveira

Muita gente não sabe o que são as oleaginosas e quem sabe na maioria das vezes tem dúvidas relacionadas a quanto consumir, a partir de qual idade e em qual horário. Né? Então vamos por partes! Sou apaixonada por oleaginosas, elas sempre estão presentes na minha rotina e nos cardápios dos meus pacientes.

São: castanha do pará, castanha de caju,  macadãmia, pistache, avelã, amêndoas, nozes e amendoins, elas proporcionam diversos benefícios quando inseridas na alimentação dos pequenos. São fontes das chamadas gorduras boas, as monoinsaturadas e as poli-insaturadas, que protegem o coração, tem um efeito antiinflamatório previnem o envelhecimento cerebral, reduzem o risco de alguns tipos de câncer, melhoram o desempenho nas atividades físicas, reduzem riscos de obesidade, diabetes e hipertensão... se eu for ficar citando aqui vou passar o texto inteiro falando só de benefícios... então para finalizar: melhoram o humor, diminuem estresse e ansiedade e para os vegetarianos e veganos que estão sempre no meu coração, essas sementinhas quase que milagrosas também são boas fontes de proteínas.

A dica é consumir sempre nos lanches intermediários da manhã ou da tarde, e também antes de dormir, na ceia. A quantidade é algo individual, e deve ser balanceada com o consumo do dia inteiro, para isso procure um nutricionista. Meu conselho é não ultrapassar 2 porções diárias (uma porção é mais ou menos uma colher de sopa rasa), isso serve para crianças acima de dois anos e também para adultos. No caso da castanha do pará não se deve consumir mais do que 2 ou 3 unidades por dia, isto porque ela é rica em selênio, um potente antioxidante que em excesso pode fazer mal.

E os bebês? Podem também! A partir dos 6/7 meses dependendo de como foi a introdução alimentar. Mas neste caso deve se usar bem trituradinha misturada em uma fruta pra não correr o risco dos tão temidos engasgos.

Alias, castanhas devem ser preferencialmente consumidas associadas as frutas, pois melhoram a absorção dos nutrientes, dão mais sensação de saciedade e ajudam a nivelar os índices de glicose no sangue que a fruta pode provocar.

E qual a melhor oleaginosa para meu filho? O melhor de tudo na alimentação é sempre a variedade né? No caso das oleaginosas cada uma tem uma proporção de ácidos graxos diferentes (aqueles famosos ômegas 3, 6 e 9), por isso cada uma trará um benefício específico, como diminuição do colesterol “ruim”, aumento do “bom”, controle hormonal e de triglicerídeos. Então varie, pode fazer misturinhas delas trituradas para os filhotes também.

A melhor maneira de consumir as oleaginosas é comprando a versão “in natura”, sem sal e deixando de molho por algumas horas pois esse processo elimina alguns componentes químicos que chamamos de antinutrientes (atrapalham a absorção dos nutrientes), depois é só você torrar no forno para ficar crocante de novo.

Temos também as versões dos “leites” vegetais, que eu adoro para fazer receitas de bolos, biscoitos, mingais e vitaminas. Não substituem o leite de vaca e nem tem essa função, cada um no seu quadrado né? Procure um nutricionista especializado em alimentação vegana caso queira retirar os lácteos da rotina do seu filho, só ele vai saber fazer as substituições necessárias.

Receitinha:
LEITE DE CASTANHAS com AVEIA
1/2 litro de água fervente
3 castanhas do Pará
2 colheres de sopa de flocos de aveia
1 pitada de sal
Deixe de molho por cerca de 2 horas, depois bata tudo no liquidificador.
Coe numa peneira bem fininha ou tecido de algodão limpo e pronto. As vezes coloco umas gotinhas ou fava de baunilhas também. E a farinha que sobrar na peneira pode usar na massa.
Ideal para uso em receitas de bolos, biscoitos, bolinhos, tortas, pães.


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